O Bloco de Esquerda exige que o Governo Regional esteja atento à evolução dos preços dos produtos ao consumidor final nas ilhas das Flores e do Corvo para evitar aumentos do preço ao consumidor. “É preciso controlar e verificar os preços praticados, para que não seja o consumidor final a pagar o aumento dos custos de transporte e a diminuição da oferta”, alertou o deputado António Lima.
Em declarações aos jornalistas, no âmbito de uma visita de dois dias à ilha das Flores, o deputado do Bloco de Esquerda deu conta da preocupação de pessoas que já verificaram alguns preços superiores ao habitual: “Podem ter sido situações pontuais, mas é importante que o Governo monitorize a evolução dos preços”.
Quanto aos comerciantes, António Lima reconhece que “estão numa situação muito difícil, porque não estão a receber mercadoria atempadamente, e alguma mercadoria está mesmo a chegar em más condições”, por isso o BE defende que “deve haver uma comparticipação do Governo para atenuar estes custos”.
No final de uma visita que teve como principal objetivo acompanhar a resposta às consequências deixadas pelo furacão Lorenzo na ilha das Flores, o líder parlamentar do BE defende que é essencial que o Governo Regional apresente à população e aos empresários das Flores e do Corvo uma calendarização dos passos que serão dados nos próximos meses para repor o normal funcionamento do abastecimento de mercadorias.
“Isto é fundamental para tranquilizar a população e os empresários e para que as pessoas possam organizar as suas vidas”, disse o deputado António Lima.
O deputado do BE deixou ainda um alerta para o facto de não haver procedimentos previstos nos planos de emergência para dar resposta a situações de catástrofes como a que ocorreu nas Flores.
O BE defende, por isso, que os planos de emergência de todas as ilhas devem passar a contemplar procedimentos para garantir o abastecimento em caso de destruição ou inoperacionalidade dos seus portos.
O que aconteceu nas Flores “tem que ser uma lição”, e numa altura em que os fenómenos meteorológicos extremos poderão ser mais frequentes “os Açores têm que estar preparados para abastecer as suas ilhas, mesmo em situações de dificuldade extrema”, disse o deputado.