O facto de termos pessoas a sair do sofá para votar num partido que tem uma retórica antagónica à nossa constituição, demonstra como é necessário um debate sobre a nossa organização mais básica.
Em que mundo é que se faz política a sério com ad hominem e instrumentalização de inocentes? Este discurso está a ser normalizado e trata-se de pura demagogia eleitoral.
É uma oportunidade viva de comprovar a infinidade de possibilidades em que podemos querer viver, que valores nos importam enquanto sociedade e que escolhas faremos no futuro. Tudo isto é cultura, é criatividade, é resistência.
Julgo que muitas vezes nos esquecemos de algo: jovens são tela em branco e não nos apercebemos das nossas incoerências, mas que vida faz sentido sem pontes entre eles?
Pior do que isto é ver que alternativas sem seriedade, vazias, sem trabalho, simplesmente à base do ódio (às pessoas e ao mundo), conseguem mobilizar mais.
Sugeriria proposição de diagnóstico absoluto das existências de fogos devolutos da Região, das efectivas carências habitacionais, inventariaria todos os projectos existentes não efectivados, e reformularia todo o sistema de apoios regionais à Habitação.