Author Bios

Intervenções:

  • Quantas manifestações de afeto homossexuais públicas já viu acontecer nos Açores? Quantas pessoas conhece como assumidamente homossexuais, bissexuais, intersexo ou transexuais? Poucas, arrisco-me a avançar. E no Faial são quase nenhumas. Será isto “normal”? Ou será apenas a manutenção de uma falsa aparência do que ainda é considerado como “normal”?

Opinião:

  • De uma perspetiva precaucionária e de conservação, o ideal seria que a moratória ficasse assente na conjugação de pressupostos temporais e condicionais, mas teremos de esperar que a iniciativa seja debatida na ALRAA para saber o que será aprovado por este órgão regional.

  • Esperar-se-ia de Carlos Ferreira que fosse o primeiro interessado em promover o diálogo entre o Governo e os seus munícipes e em discutir publicamente o projeto de modo a que possa servir a função urgente para que é destinado, mas sem criar novos problemas a nível das comunidades.

  • O relatório da Comissão Europeia às quatro candidaturas portuguesas finalistas à Capital Europeia da Cultura em 2027 é revelador da (crónica) desatenção de que a cultura é alvo na região e de que estes primeiros passos (que não se podem perder) ainda não foram suficientes para fazer dela uma prioridade política.

  • O projeto final e completo da variante à cidade da Horta só agora foi tornado público. Esta ocasião é, portanto, fundamental para atentar em detalhes ausentes da versão simplificada do projeto - que nunca foi apresentado publicamente - e que são particularmente preocupantes, por questões urbanísticas e de segurança.

  • A transformação não acontece sem ousadia, provocação e muito apoio. Falta ainda que entidades culturais regionais, como museus, bibliotecas e outros, se atrevam a acolher, convidar e a incentivar a criação, a provocação e o diálogo sobre os assuntos do aqui, do agora, de toda a gente.

  • O compromisso político e financeiro é central para a escolha da Capital Europeia da Cultura, pelo que se espera que o poder municipal e o poder regional dos Açores se comprometam e apostem seriamente nesta candidatura e no poder transformador da cultura.

  • O número mortes nas estradas no Faial em 2021 foi o mais elevado desde que há registos. Embora este valor isolado não possa, de forma nenhuma, ser tomado como prova de qualquer tendência, penso que é suficientemente alto para nos fazer parar e pensar.

  • Em poucos meses, já foram aumentados limites anuais, foram dissolvidas as repartições trimestrais e andam a transferir-se quotas de ilha para ilha de espécies que são costeiras e que, portanto, as respetivas abundâncias devem ser controladas a nível local. 

  • Se os aspectos técnicos até parecem estar no bom caminho, é grave, muito grave, ter uma escola que se quer de referência nacional e internacional, sem um rumo pedagógico sólido, que faça sentido na realidade social da região.

  • Como iremos potenciar a nossa ciência se não franqueamos a participação aos cientistas da especialidade que trabalham na região? Como poderemos assim vir a ser líderes de projetos internacionais em vez de meros parceiros das agendas políticas e científicas dos outros países e dos poderes centralistas regional e nacional?