O que é agenda partidária se não a busca do bem comum segundo o respetivo partido? Culpabilizar os partidos por terem uma agenda política revela uma aversão à democracia enquanto pluralidade.
Esta instrumentalização do medo muitas vezes desvia a atenção das causas estruturais dos problemas urbanos, transformando soluções de longo prazo em intervenções de choque para satisfazer audiências momentâneas. Esta é uma estratégia de extrema-direita e faz lembrar histórias de tempos que não se querem repetir.
As discussões sobre faixas etárias devem ser conduzidas com empatia, mas não condescendência, sob pena de se abrir clivagens geracionais que impedem um diálogo estrutural.
Esta semana tivemos a confirmação daquilo a que vem o nosso Governo Regional: uma preferência por negociar com a extrema-direita do que com o campo democrático.
Não será preciso muito para vermos como a sociedade rotula os reformados de não-úteis (escrevo assim para evidenciar). Na era da produtividade, da novidade, parece que o seu lugar é num lar longe da vista.