O que realmente podemos chamar ao que nos está a acontecer? Chamamos-lhe de impostos, ou, subidas da inflação, mas seja como for, a questão é intrínseca, por inerência da “Guerra da Ucrânia VS Rússia” ou será pelas decisões políticas que tardam a chegar?
Em 2023, teremos a taxa de inflação mais elevada das últimas décadas. Aliás está previsto que a sua incidência na Habitação seja a mais alta alguma vez obtida.
O reflexo dos aumentos das taxas de juros aplicadas à habitação é, precisamente, a queda do orçamento das famílias açorianas. Estamos a falar de uma diferença de centenas de euros, nas futuras prestações e arrendamentos, que poderá evidenciar um retrocesso na vida quotidiana das famílias.
O governo central anunciou um pacote de medidas, que é visto pela direita principalmente, como uma “mão cheia de nada”. Já os socialistas, estes teimam em dizer que é melhor do que nada.
Na verdade, é sempre o mesmo método, já utilizado e gasto, aliás, mais do que gasto e usado, refletindo na pobreza do estado social da atualidade.
O que neste momento se exige e urge da parte do Governo da Região Autónoma dos Açores é uma atuação vincada frente ao Governo Central ou até mesmo ao Presidente da República, pedindo responsabilidades e de certa forma um baluarte para as regiões autónomas, com a devida distinção.
Os açorianos já passaram por estes problemas no passado, e não temos boas recordações. Foi no passado que perdemos população, e seguimos muitos até portos mais seguros. E agora, e até porque temos esta raiz de emigração em situações similares? Para que, este fenómeno, não surja novamente nos nossos Açores, teremos de aplicar urgentemente um plano de medidas para garantir que as famílias não fiquem com a “corda no pescoço” nos próximos anos.
A atual fase política que vivemos nos Açores, que é nada mais do que o planeamento do futuro do orçamento da região para 2023 e anos vidouros, onde o governo tem o papel de elaborar, apresentar e levar à sua aprovação ao parlamento regional. Este orçamento regional, terá que ser encarado por todos os partidos com assento parlamentar, como uma responsabilidade acrescida, porque vivemos tempos difíceis e estão vizinhos tempos piores para as famílias açorianas. Gostava de estar redondamente enganado.
Não estamos em época ou no “TIMING” de defender unicamente as propostas apresentadas na campanha eleitoral de 2020, temos de olhar para as necessidades das famílias e das empresas, que são o motor da economia regional hoje. Olhar para o dia atual. Considero apenas o que escrevo uma chamada de atenção, e aqui em especial aos partidos que suportam este governo. Vocês, caros deputados, caros representantes dos demais partidos políticos que compõe o plenário, têm a responsabilidade de não deixar ninguém para trás, por meros truques de “magia” ou “politiquices”.