“Se metade do esforço e dos milhões do hospital modular tivessem sido aplicados no HDES, este estaria a funcionar quase em pleno”

António Lima considera que a opção do governo pela não reabertura do HDES é uma “verdadeira calamidade” e assinala que “se metade dos recursos e esforços aplicados no hospital modular, mais de 26 milhões de euros, tivessem sido aplicados no velhinho HDES, hoje certamente que grande parte dele estaria a funcionar”.

Os efeitos desta decisão são preocupantes: por exemplo, “o número de operados em setembro é de menos de 54% do que em 2023!”.

Quanto às opções orçamentais para a área da Saúde, António Lima salienta que há 75 milhões de euros para pagar dívidas aos fornecedores, mas não se vê nada para pagar os mais de 10 milhões de euros que deve aos trabalhadores: “A carreira de técnico auxiliar de saúde não sai da gaveta, o acelerador de carreiras gripou antes de arrancar e o governo recusa reconhecer o tempo de serviço dos trabalhadores com contratos COVID”. 

“O grave subfinanciamento da saúde continuará” e “com um HDES amputado este orçamento significa que pouco se avançará no tal novo hospital ou hospital novo”.

Sobre a possibilidade de as grávidas voltarem a poder ter direito a acompanhante durante o parto na ilha de São Miguel – um direito que está a ser negado desde que houve o incêndio no HDES – António Lima salientou que, “segundo a resposta que o governo enviou ontem em resposta a requerimento do Bloco, as grávidas continuarão sem acompanhante no hospital modular, contrariando o que havia afirmado a presidente do HDES”.  

O Bloco insiste que devem ser encontradas soluções para permitir que as grávidas voltem a ter direito a acompanhante num momento tão importante como o parto, garantindo ao mesmo tempo a sua privacidade.

Ainda no debate sobre as áreas da Saúde e Solidariedade Social, António Lima acusou o governo do PSD, do CDS e do PPM de ser “o executante de um vil ataque às crianças dos Açores”, lembrando que recentemente o Chega – parceiro deste governo – garantiu que está a ser aplicada a sua proposta para excluir das creches as crianças filhas de pais desempregados.

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