António Lima destaca proposta do Bloco que poupou 5ME à Região em juros abusivos que iam parar a grandes grupos económicos

“É preciso dar mais força ao Bloco de Esquerda no parlamento” porque é o partido que é capaz de enfrentar os grandes interesses económicos que prejudicam a Região. Numa iniciativa de rua, esta manhã, na Ribeira Grande, António Lima deu o exemplo da proposta do Bloco que permitiu uma poupança imediata de 5 milhões de euros, que teriam como destino o Grupo Bensaude e a EDP.

Durante muitos anos, quer os hospitais, quer o próprio governo não pagaram uma série de contas de eletricidade à EDA e isso gerou uma dívida enorme, que em 2022 já representava 25 milhões de euros, e um valor de juros – à taxa de quase 8% – que se aproximava dos 10 milhões de euros.

“Foi por intervenção do Bloco de Esquerda, que não só denunciou a situação, mas também propôs a redução destes juros, que a Região conseguiu uma poupança imediata de 5 milhões de euros”, explicou António Lima, que acusou os governos do PS e da coligação de direita de estarem “ao serviço dos grandes interesses económicos dos Açores que se alimentam do Orçamento da Região”.

Esses juros a mais que iam ser cobrados iriam beneficiar apenas os acionistas privados da EDA – o Grupo Bensaude e a EDP – que ganham muito com esta dívida.

E quanto mais tempo esta dívida subsistir no tempo, mais vão ganhar. “É por isso que ela continua a não ser paga... o Governo, também através dos hospitais, não paga a dívida porque tem interesse em que ela cresça, porque isso é garantir juros e rendimento garantido ao Grupo Bensaude e à EDP”, atirou António Lima.

De facto, mesmo com a redução de juros que o Bloco de Esquerda conseguiu assegurar para a Região, a manutenção da dívida custa à Região mais de 1 milhão de euros por ano em juros. “Isto é danoso e não pode continuar a acontecer”, afirmou o candidato do Bloco de Esquerda.

António Lima salienta que estes 5 milhões de euros que a Região poupou a partir da aprovação da proposta do Bloco “são fundamentais para investir nos serviços públicos, por exemplo”.

António Lima assinalou que o Chega defende a privatização da EDA para demonstrar que este partido – que diz querer combater a corrupção e os grandes interesses económicos – está afinal ao seu serviço.

“Temos assistido a um partido que diz que quer limpar os Açores, que quer combater a corrupção, mas afinal esse partido tem no seu programa eleitoral a privatização do que resta da EDA, o que significa que todos os juros que a Região tem que pagar à taxa de 4% vão direitinhos para o Grupo Bensaude e para a EDP”, disse o candidato do Bloco.

“É ao serviço destes grandes interesses que está o Chega, não está ao serviço do povo dos Açores, não está ao serviço do interesse público, é por isso que é fundamental dar mais força ao Bloco de Esquerda”, que já demonstrou no parlamento que não tem medo de enfrentar os poderosos e que é capaz de defender o interesse público, concluiu o coordenador do Bloco de Esquerda.

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