
Quanto mais força tiver o Bloco na Assembleia da República mais estabilidade haverá para fazer um caminho à esquerda, considera a candidata do Bloco à Assembleia da República pelos Açores, que diz que os últimos dois anos ficaram marcados pelo facto de o PS ter-se juntado sempre à direita para impedir melhorias para os trabalhadores.
No encontro com aderentes e simpatizantes realizado ontem à noite para assinalar o encerramento da campanha, em Ponta Delgada, Jessica Pacheco diz que agora, em campanha, o PS andou a prometer o que não cumpriu: “Quer aumentar os salários médios, mas rejeitou as propostas do Bloco para a garantia da negociação coletiva que permitia a progressividade nos salários e carreiras e rejeitou as propostas para alterar a legislação laboral, que continua a permitir despedimentos fáceis e que continua a promover horas extra a preço de saldo”.
A candidata do Bloco lembra também “que o caminho da direita é o caminho dos cortes: cortes nos salários, nas pensões, nos feriados, que mandou emigrar os nossos jovens qualificados e que disse que havia professores a mais”, e por isso considera importante que o Bloco tenha mais força para construir um caminho à esquerda.
“Queremos continuar o caminho que foi interrompido em 2019, por vontade única do Partido Socialista”, disse a candidata.
António Lima, coordenador do Bloco de Esquerda Açores, elogiou o desempenho da primeira candidata do partido pelos Açores ao longo da campanha: “Estamos orgulhosos do trabalho que fez. Foi uma candidata preparada, combativa, incansável na defesa dos Açores e na defesa de uma política de esquerda que defende quem trabalha, os serviços públicos, as pensões, o clima”.