Políticas de Proximidade

De acordo com a Base de Dados de Portugal Contemporâneo, PORDATA, o número total de eleitores nas eleições autárquicas nos Açores, de 2017, contaram com um total de 228.518 eleitores, sendo que 122.147 foram votantes e 106.371 abstiveram-se, já nas últimas Legislativas Regionais, em 2020, o número total de eleitores foi de 229.002, dos quais 104.009 votaram e 124.993 optaram pela abstenção.

Os elevados níveis de abstenção não deixam dúvidas. É notória a progressiva perda de confiança na política por parte dos cidadãos, nas últimas décadas, refletida de modo brutal no aumento constante da abstenção.

Este facto prova o desinteresse que se evidencia nos cidadãos relativamente às políticas praticadas. Por isso, é urgente agirmos no sentido de contrariarmos este crescimento ao nível do desinteresse.

E agirmos implica assentar em políticas de proximidade, políticas invocadas por muitos, mas que acabam por se revelar populistas.  

Não basta os representantes políticos aparecerem junto do povo apenas em período de campanha eleitoral, é fundamental manterem-se presentes ao longo de todo um mandato.

Eu acredito na verdadeira política de proximidade, eu acredito que, embora, não seja possível resolver tudo, é fundamental criar laços de confiança que permitam a explanação e a compreensão por parte dos que governam e dos que confiam o seu voto. Só conhecendo as realidades de perto, é possível resolver os problemas de cada um.

Os órgãos de poder mais próximos das pessoas, são as juntas de freguesia, contudo, estas, “sozinhas”, pouco conseguem fazer sem o apoio da sua autarquia municipal, o que torna quase impossível que consigam assegurar o melhor que poderiam fazer pelos seus cidadãos. Assim, impõe-se a responsabilidade dos governantes municipais em desenvolver uma real proximidade com estes órgãos, pois só assim conseguir-se-á encontrar soluções para as pessoas e para os seus problemas.

Os municípios não precisam de jogos florais para entreter. Precisam de propostas para o seu futuro. Precisam de políticas assentes em ideias fortes e contextualizadas.

Cada vez mais as pessoas sentem que “não é possível mudar a sociedade”, como se não tivessem capacidade para alterar a realidade que as rodeia, por isso, é da responsabilidade dos representantes políticos abrir o caminho a uma democracia de proximidade, prolongada, para além do voto, numa dinâmica local, comunitária, inteligente e mobilizadora.

Como candidata à Câmara Municipal da Praia da Vitória é este o caminho que quero traçar, este é o caminho que me comprometo a traçar. O compromisso de uma verdadeira política de proximidade, que permita desenvolver o município de uma ponta à outra e sem deixar ninguém para trás.