Rabo de Peixe precisa de mais investimento nas pessoas e em infraestruturas, algumas já construídas e outras com urgência de se conceber, designadamente fazer uma esquadra nova de raiz para a Polícia de Segurança Pública, como igualmente um novo centro de saúde.
Nesta terra, os seus habitantes são ativos, participativos e sempre crentes num futuro que tarda em vir. Merecem uma sobrevivência e vidas dignas, as quais o Estado deve ter mais em atenção. Pagar 75,00€ euros mensais em formações a pessoas de diversas faixas etárias, muitas delas com agregados familiares numerosos, é indiscutivelmente condená-las à miséria, pois o Rendimento Social de Inserção já não é o que foi em termos de prestação social.
Formação sim, enriquecer estes formandos culturalmente, profissionalmente e cientificamente, mas não nos aproveitarmos da situação de desemprego dos mesmos, que medrosamente leva-os a aceitar tudo. Isso, não falando dos que prestam serviços, nomeadamente à Junta de Freguesia ganhando 100,00€ por mês, trabalhando por um salário que não lhes compensa minimamente, tal é a necessidade que sentem no seu quotidiano.
Ao contrário da proposta do PSD na Assembleia Municipal da Ribeira Grande, de remodelação da esquarda da PSP, nesta vila precisa-se duma esquadra nova de raíz. Como é óbvio, o atual está fora de questão por ser localizada junto à falésia em desagregação. Os profissionais da polícia devem ter condições físicas e humanas para desempenharem as suas funções com eficácia, contribuindo assim para a segurança de todos.
Também é urgente a construção doutra unidade de saúde, já que a existente não dá resposta cabal a esta vila com quase 10 mil habitantes. São muitas as lacunas e, nas condições de agora, não é possível aos seus profissionais de saúde, fazerem melhor.
Estruturas como a piscina, o cine-teatro Miramar, o Centro Comunitário de Juventude e o Centro de Idosos da Casa do Povo deviam dar maior acessibilidade aos cidadão(ãs) desta localiade, carregada de problemáticas sociais, na qual a marginalização e segregação são muito visiveis, olhando racional e friamente para a maioria da sua população.
Entrelaçar mais as pessoas às suas instituições, juntar mais e separar menos, ouvir as suas opiniões e dar validade vinculativa aos seus pareceres, aproveitar o enorme potencial da terra e humano, mais Abril nas comemorações de vila, menos festejos repetitivos, menos obras cinzentas como a capela mortuária e por fim recuperar o Centro de Rabo de Peixe, abandonado há uma boa meia dúzia de anos, tudo isso parece-me essencial, trabalhando sem divisionismos, mas em conjunto pelas causas comuns.