Esta Vila continua carregada de depressão, miséria e desigualdades sociais gritantes, onde a qualidade de vida permanece gritantementente como um sonho irrealizável.
Após um ano de mandato do novo e há muito velho PSD, a nova dinâmica esperada jamais apareceu e o balanço é claramente negativo, salvo algumas exceções que não são de fundo, nem estruturais, como se impunha, designadamente realça-se como positivo a reposição dos dois sentidos de circulação na Rua do Rosário, a qual foi bem conseguida, principalmente pelo civismo dos seus moradores. O ínicio das obras há muito na expetativa, de demolição para requalificação maritima foi também visto com muitos bons olhos pela população, o que se seguiu é que o não foi. Falta de segurança no local por longos meses, originou mais refúgios para consumo de drogas, o cenário ficou péssimo, precisando de um trabalho faseado, à medida que se fossem derrubando as casas.
Desta forma, o centro de Rabo de Peixe, para o qual já há projeto de transformação há 5 anos, a gestão autárquica do PS adiou a execução do seu durante 4 anos, assim requere-se agora a nova gestão, a inclusão no Plano e Orçamento para 2015, a concretização deste anseio, cuja demora os rabopeixenses nunca aceitaram.
É preciso mudar o ambiente deste mencionado centro. Reconverter as tascas e os cafés, criando esplanadas e tabacarias, mais pastelaria e menos álcool.
A medida da Junta de Freguesia de aplicação da metadona na sede do Clube de Futebol, sita a esta zona cheia de tráfego de estupefacientes, é extremamente prejudicial, tanto para quem lá circula, como para os próprios toxicodependentes que necessitam de algo mais recatado. Temos de contribuir todos para boas e tranquilas recuperações e existem outros locais nesta vila mais propícios e esta aplicação.
Também desejava referir-me a uma atitude meritória em termos teóricos da Junta de Freguesia, ou sejam a promoção de alguns debates em sua sede, versando problemáticas dificeis de resolver. Infelizmente a maioria das convidados são os obedientes laranjas e algumas “ovelhas transviadas” para compor.
A futura capela mortuária de Rabo de Peixe, teve um desses debates, se podemos usar esta terminologia e, de fato, os resultados foram catastróficos, ainda não foi finalizada, pararam as obras e a aparência é de um enorme tumulo, que está a ser edificado em detrimento de um outro óptimo projecto muito mais digno.
Da fogosidade do principio, é urgente sermos consequentes e trilharmos um caminho de esforço e empenho. Banirmos a demagogia das promesas e mobilizarmos sem receios os nossos habitantes em prol da realidade complicada que nos rodeia. Hoje, não basta ouvir, é premente darmos eco e substância ao que ouvirmos.