“Um Bloco para mudar os Açores" é o título da moção em debate na IX convenção do Bloco de Esquerda Açores

O Bloco de Esquerda vai realizar a sua IX Convenção Regional no próximo dia 5 de julho, em Ponta Delgada. Vai estar em discussão a moção “Um Bloco para mudar os Açores”, cujo primeiro subscritor é António Lima, atual coordenador do partido na Região.

A moção encabeçada por António Lima “quer o Bloco a lutar para que toda a gente tenha casa e salário decentes, e serviços públicos de qualidade, financiados por uma fiscalidade que respeite o trabalho”.

O objetivo apontado para o próximo ciclo político é “sair do ciclo vicioso de abandono escolar, baixos salários, precariedade e concentração do capital e entrar num ciclo virtuoso de qualificação profissional, alto valor acrescentado, justa distribuição da riqueza e tempo para desfrutar a vida”.

O documento que vai estar em discussão na IX Convenção do Bloco de Esquerda Açores dá também um destaque à necessidade de “deixar para trás o fóssil e a sua teia de interesses, e de transitar para fontes de energia sustentáveis, criadoras de emprego”, através de um maior investimento em conhecimento científico para enfrentar as alterações climáticas e fazer uma gestão sustentada de recursos para potenciar o desenvolvimento da Região.

A moção, subscrita por 36 aderentes, alerta para o crescimento da extrema-direita a nível internacional e nacional e reforça a necessidade de defender o estado social e as políticas de coesão perante a pressão para a corrida às armas na Europa, e deixa críticas a José Manuel Bolieiro por estar a assumir a agenda do Chega, que inclui retrocessos ambientais e civilizacionais, levando à normalização do seu discurso de ódio e intolerância.

Responder à crise da habitação e dos serviços públicos, combater a pobreza e a desigualdade, aumentar a justiça fiscal, garantir uma economia mais justa e democrática, aumentar salários e assegurar mais tempo para viver fora do trabalho são algumas das prioridades apontadas pela moção que vai estar debate.

Os subscritores desta moção consideram que “revigorar a esquerda é construir uma alternativa — é devolver a esperança numa vida melhor, numa região mais justa e democrática, num planeta equilibrado”.

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