O Bloco de Esquerda não entende como é possível que após um quadro comunitário em que houve apoios para a construção de centros de processamento de resíduos urbanos em todas as ilhas, subsistam lixeiras a céu aberto como a que a candidata do BE/Açores ao Parlamento Europeu visitou esta tarde, que são um perigo para a saúde pública e o ambiente.
Recorde-se que a Comissão Europeia deu um prazo de 60 dias – que já foi ultrapassado – para que fossem encerradas todas as lixeiras deste género. No entanto, em visita ao local, a comitiva do BE testemunhou hoje uma descarga de lixo.
Assinalando as questões ambientais como uma prioridade do BE na UE, Lúcia Arruda, criticou fortemente a intenção do Governo Regional de construir duas centrais incineradoras nos Açores: “Como é que é possível que numa Região que se quer vender como um destino de natureza intacta, pode optar pela construção de incineradoras para queimar lixo, um processo que a ONU desaconselha desde 2001?”.
Aliás, a intenção de construir as centrais incineradoras pode estar relacionada com o atraso em encerrar a actual lixeira.
Em alternativa, o BE defende uma solução que recorre ao tratamento mecânico e biológico, que é muito melhor em termos económicos – porque cria mais emprego – e ambientais, e também para a saúde pública.
“É preciso ter muito cuidado, para manter a nossa natureza verde. No dia em que ela for cinzenta, nunca mais a podemos pintar de verde”, alerta a candidata do Bloco de Esquerda.
Durante a manhã, em reunião com o director da NAV Santa Maria, Lúcia Arruda salientou a importância manter a máxima atenção à situação da FIR de Santa Maria, para que se mantenha sempre fora do espaço do Céu Único Europeu. A permanência deste serviço na ilha, dada a sua importância económica, deve ser sempre acautelada.
Lúcia Arruda entende ainda ser necessário aproveitar este serviço para valorizar as infraestruturas do Aeroporto de Santa Maria, procurando novos mercados que possam tirar partido da localização geográfica do aeroporto da ilha.