BE alerta para a urgência de defender os direitos fundamentais dos imigrantes na UE

A candidata dos Açores da lista do Bloco de Esquerda ao Parlamento Europeu, Lúcia Arruda, defendeu hoje a urgência de se lutar pela defesa dos direitos fundamentais dos imigrantes que residem na União Europeia. “Mais de 20 milhões de imigrantes que trabalham e descontam para os países da UE em que vivem, e no entanto é-lhes negado o acesso a direitos sociais fundamentais, como a habitação, trabalho e saúde e o direito à plena cidadania em votar e ser votado”, lamentou esta manhã após reunião com a direcção da Associação de Imigrantes dos Açores (AIPA).

Lúcia Arruda critcou as actuais políticas europeias de imigração, que estão “a transformar os países do sul da Europa em centros de detenção, em espaços que não passam de armazéns sem quaisquer condições dignas para seres humanos, e os mares em cemitérios de água”, e defendeu uma alteração profunda destas políticas, assim como "o encerramento das Lampedusas e Melillas da UE".

Assim, o BE defende a retirada de Portugal da Frontex, a revogação da diretiva do retorno – que obriga os imigrantes que fiquem sem trabalho, mesmo que anos depois de cá chegarem, a regressarem ao seu país, a alteração da directiva do reagrupamento familiar, o encerramento do Eurosur – o mais recente programa de vigilância das fronteiras –, a alteração do tratado de Dublin, para a corresponsabilização de todos os estados para o direito de asilo, e o fim de todos os programas integrados no sistema de Schengen que são utilizados como autênticos sistemas de perseguição aos imigrantes.

A candidata do BE alerta para “o crescimento, por toda a Europa, dos partidos de extrema-direita, xenófobos e racistas”, lembrando o que aconteceu nos anos 30 no século passado, que culminou mesmo com uma guerra mundial.

“Esta Europa não é para os povos, é a Europa dos mercados e da finança”, concluiu Lúcia Arruda.

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