BE quer mais investimento na ciência para desenvolver as potencialidades dos Açores

O Bloco de Esquerda aponta o desenvolvimento da ciência e do conhecimento como uma das áreas mais importantes para o futuro dos Açores e defende o aumento do investimento da Região, do País e da União Europeia na investigação científica, e que este investimento deve ser direcionado para as áreas em que os Açores têm enormes potencialidades, entre as quais se destaca o mar.

Com o objetivo de “ouvir as pessoas que trabalham na área da investigação” o BE realizou hoje um debate público com o tema “o papel das ciências para o futuro dos Açores”, que contou com a participação dos investigadores Sérgio Ávila e Duarte Toubarro, e também com o deputado do BE na Assembleia da República, Luís Monteiro.

“Os Açores são responsáveis por mais de 55% do mar sobre soberania do país. No caso da plataforma continental ser aprovada, esta percentagem sobe para 66%, ou seja, cerca 2,6 milhões de quilómetros quadrados”, apontou a candidata dos Açores na lista do BE às Europeias – Alexandra Manes –, que lembrou também que “o nosso mar é rico em metais raros e especialmente ricos na sua biodiversidade, onde emergem as chaminés vulcânicas, zonas ricas em fauna e flora únicas no mundo”.

Alexandra Manes traçou como objetivo “trabalhar no sentido de captar mais e melhor investimento para os centros de investigação dos Açores”.

A candidata manifestou ainda uma particular preocupação com a diminuição do número de investigadores doutorados nos últimos anos nos Açores, e com a profunda precaridade a que os investigadores são sujeitos.

Luís Monteiro, deputado do BE na Assembleia da República, considerou mesmo ser “inacreditável que o sector mais qualificado do país – investigação científica – seja o sector mais precário”, referindo que “apenas cerca  de 2% dos investigadores têm uma relação laboral estável, e a maioria vive a saltar de bolsa em bolsa”.

“Sem estabilidade laboral, não há estabilidade de produção científica”, concluiu.

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