Bloco lança debate público sobre violência obstétrica e apresenta medidas para prevenir e erradicar estas práticas

O Bloco de Esquerda vai realizar um debate público com o tema “violência obstétrica: conhecer a realidade, construir um futuro melhor”, no próximo dia 11 de fevereiro, à 14h00, no Centro Cívico e Cultural de Santa Clara. O objetivo é discutir o tema e encontrar medidas que possam prevenir e erradicar situações de violência obstétrica na região. 

Perante a inexistência de dados sobre o número de episiotomias e manobras de Kristeller realizadas nos hospitais da região e considerando que desde 2020 até ao primeiro semestre de 2022, mais de 55% dos partos nos Açores foram distócicos - onde se incluem cesarianas e partos instrumentalizados -, o Bloco decidiu colocar este assunto na ordem do dia e promover um debate para aumentar o conhecimento sobre esta realidade. 

A 2.ª edição do inquérito “Experiências de Parto em Portugal”, que contou com a participação de 81 mulheres açorianas (1,08% da amostra), concluiu que três em cada dez mulheres inquiridas afirmam ter sido vítimas de abuso, desrespeito ou discriminação, sendo as intervenções não consentidas as apontadas como a forma mais recorrente dessa violência. 

O debate público organizado pelo Bloco de Esquerda vai contar com intervenções de Catarina Pires, psicóloga clínica especialista na área da gravidez e parentalidade, Márcio Tavares, enfermeiro especialista em saúde materna e obstétrica, e Catarina Barata, membro da Direção da Associação Portuguesa pelos Direitos da Mulher na Gravidez e Parto. 

A intervenção final ficará a cargo da deputada do Bloco de Esquerda na ALRAA, Vera Pires, que apresentará as linhas gerais da proposta que o Bloco entregará no parlamento com medidas para prevenir e erradicar a violência obstétrica nos Açores. 

Como forma de promover a discussão pública sobre o tema, o Bloco abrirá um espaço ao público para intervenções e questões aos oradores. 

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