Bloco visita CALF e defende valorização dos produtos nos diferentes mercados

O Bloco de Esquerda elogia o esforço da direção da fábrica da CALF e respetivos cooperantes e, ao contrário do Governo Regional, defende uma produção diferenciada e valorizada.

Aurora Ribeiro, primeira candidata pelo Faial, e Mário Moniz, mandatário da lista, visitaram a Cooperativa Agrícola de Laticínios do Faial e elogiam o esforço que a direção e os cooperantes têm feito para manter a fábrica em laboração, conseguindo recuperar o ânimo de alguns produtores. O partido refere a importância de manter uma indústria tão importante para a ilha do Faial e para os Açores, numa estrutura que foi originalmente concebida de forma sobredimensionada para a matéria-prima disponível na ilha, vindo depois a acarretar custos de produção demasiado elevados.

O partido acusa ainda o Governo de não ter uma visão de futuro para a agricultura e pecuária na região. No caso do Faial, mais do que uma aposta na quantidade, o Bloco defende uma valorização dos produtos agrícolas e pecuários da ilha, tanto tirando partido das condições ambientais de excelência, como através da promoção do produto em diferentes mercados, de forma a melhorar os rendimentos de quem trabalha na terra, sem que se tenha de aumentar o esforço e a carga sobre os terrenos.

É sabido que a produção biológica é uma das formas de produção que mais valorizam o produto, protegendo ao mesmo tempo a sustentabilidade ambiental dos solos e da própria atividade no longo prazo. Uma transição para formas de produção menos dependentes de fertilizantes e de rações deixará o setor mais protegido face às flutuações de preços a nível global. O Bloco de Esquerda defende uma aposta séria por parte do governo na produção biológica, mais sustentável e mais focada nos recursos endógenos da Região.

Nessa matéria, o partido critica ainda a falta de atenção do Governo em relação aos produtores que já optaram pela produção biológica, sendo que nem o singelo apoio à certificação está ainda pago à totalidade dos requerentes, apesar de estar previsto no orçamento há vários anos.

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