Jessica Pacheco quer tornar a Ribeira Grande “mais inclusiva e mais verde”

Tornar a Ribeira Grande “mais justa, mais inclusiva e mais verde” é o objetivo de Jessica Pacheco. Hoje, na apresentação da sua candidatura, a independente que concorre pelo Bloco de Esquerda à câmara municipal da Ribeira Grande apontou o ambiente, o combate à pobreza e às desigualdades e a luta pela igualdade de género como prioridades.

A candidata ergue o ambiente como uma das bandeiras desta candidatura, e garante que irá continuar a denunciar todos os atentados ambientais que acontecem na Ribeira Grande, principalmente na orla costeira, para garantir as melhores condições “para o nosso futuro e o das próximas gerações”.

Ainda sobre o ambiente, Jessica Pacheco assinala que “não se pode falar em sustentabilidade e querer a construção de uma incineradora”, por isso, garante que vai continuar a fazer tudo o que for possível para “travar esta construção, para que os nossos filhos e netos consigam ter sítio onde viver”.

Sobre os problemas sociais que afetam profundamente o concelho da Ribeira Grande, a candidata do Bloco alerta para o agravamento provocado pela pandemia: “Situações que já eram frágeis entraram em rutura” e considera que “a primeira linha na resposta à crise tem de partir da política local”, sem deixar ninguém para trás. Algo que não aconteceu.

“Com o avançar da pandemia e agravamento do número de casos positivos foi necessário criar medidas de confinamento, o que contribuiu para a cessação de rendimentos das pessoas com vínculos laborais precários, aumento do número de trabalhadores sem apoio no desemprego, aumento da condição de pobreza, maior aglomerado de pessoas na mesma residência, dificuldade em cumprir os isolamentos e quarentenas devido às condições habitacionais”, explicou Jessica Pacheco.

Perante este cenário, a Câmara Municipal da Ribeira Grande teria de ter tido “um papel central na implementação das políticas de apoio social de forma célere e proactiva”, mas “os apoios facultados foram tardios e insuficientes”.

“Mesmo antes da pandemia não foi feito um trabalho local que permitisse alterar a condição de vida destas pessoas. O que tem sido feito é tratar artificialmente alguns problemas, mas não se está a tratar a raiz do problema. Se não se mudam as variáveis não se muda a realidade, os caminhos trilhados continuam a ser os mesmos que conduzem as pessoas a um beco sem saída”, disse a candidata independente.

Jessica Pacheco acredita que “a política local desempenha um importante papel na promoção da igualdade”, e pretende implementar o plano municipal para a igualdade, com medidas concretas que promovam maior proteção para as vítimas de violência doméstica, maior integração das pessoas LGBTQIA+, e a eliminação de barreiras no espaço público para permitir uma maior inclusão das pessoas portadoras de deficiência.

A candidata apontou ainda a aposta na educação e na cultura como essenciais para o desenvolvimento e alavancagem da ascensão social e da democracia.

Marco Andrade, candidato do Bloco à assembleia municipal, considera que esta candidatura "é uma lufada de ar fresco, com garra e motivação para fazer mais e melhor por todos”.

“Ano após ano, promessas atrás de promessas, assistimos a cada vez mais desigualdades, mais pobreza, mais exclusão, porque as políticas de base que têm sido aplicadas não promovem uma verdadeira mudança para os que mais sofrem” e acredita que as propostas do Bloco de Esquerda “farão toda a diferença”, pois não seguem os mesmos caminhos.

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