O “endividamento zero” foi uma fraude política: o governo regional hoje tem dívidas a “meio mundo”

António Lima assinalou que a política de “endividamento zero” seguida pela coligação PSD, CDS e PPM, com o apoio do Chega e da IL, foi uma fraude: hoje, “o governo regional falha com os seus compromissos, deve aos trabalhadores, deve aos fornecedores, deve a meio mundo na região e coloca em causa a sobrevivência de vários setores”.

No debate da Conta da Região referente a 2023, o deputado do Bloco responsabiliza a política seguida pelo governo regional pela atual situação financeira dos Açores: “São os orçamentos do PSD, apoiado pelo CH, os responsáveis”.

“Hoje, e cada vez mais, ouve-se falar de dívidas a fornecedores, a associações, a clubes desportivos e até a trabalhadores”, nomeadamente “enfermeiros, técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, e técnicos auxiliares de saúde, cuja carreira ainda não está totalmente implementada nos Açores”, assinalou António Lima.

O Bloco assinala a mudança do critério usado pelo governo regional para analisar a dívida da Região: em 2020, o secretário das Finanças usava o conceito de responsabilidades financeiras futuras, que ascendiam a 3,6 mil milhões de euros. Hoje, seguindo este mesmo critério, as responsabilidades financeiras futuras atingem os 4,6 mil milhões de euros.

No entanto, “deixou de ser conveniente ao governo e ao PSD falar desse assunto e percebe-se muito bem porquê: desde 2020 houve um aumento de 771,3 ME em 3 anos, e desapareceu das preocupações do governo a responsabilidade financeira e as preocupações com as gerações futuras”.

António Lima mostrou particular preocupação com o “contínuo subfinanciamento do Serviço Regional de Saúde que não dá sinais de recuar” e com a situação da SATA, “que iria ser salva pelo governo da direita, apoiado pelo Chega, mas que afinal caminha para um precipício”.

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