O levantamento pela autarquia do número de trabalhadores a ser abrangidos pela aplicação da “opção gestionária” e o consequente apuramento da verba necessária poderia ter sido começado logo desde o início deste ano, uma vez que a Lei que prevê esta opção é de Fevereiro de 2008. Quando, em Setembro passado, o BE-Açores levantou a questão do silêncio sobre o assunto não o fez demagogicamente (como, agora sim demagogicamente, veio a Presidente da Câmara afirmar) mas porque, decorridos nove meses do ano e após duas reuniões entre a Câmara e o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local, se mantinham desconhecidas as intenções deste Executivo. A CMPD, ao contrário de tantas outras Câmaras por todo o país, precisou de esperar pelo final de Novembro e pelo pré-aviso de greve dos trabalhadores para saber se haveria disponibilidade financeira para corresponder aos anseios dos trabalhadores.
Assim, o Bloco de Esquerda - Açores congratula-se por a CMPD ter finalmente ido ao encontro das reivindicações dos trabalhadores municipais, mas protesta contra o atropelo das regras democráticas de negociação sindical, o desrespeito deste Executivo pelas estruturas representativas dos trabalhadores e o evidente populismo das declarações da Presidente da CMPD.