Aumento dos salários e bem-estar dos trabalhadores nas prioridades do Bloco de Esquerda

O Bloco defende que o bem-estar dos trabalhadores tem que estar no centro das preocupações a par do aumento de salários. Pedro Amaral salienta que num momento de grande progresso tecnológicos, os avanços têm que reverter também para os trabalhadores.

Após uma reunião com o Sindicato dos Trabalhadores de Indústrias Transformadoras, Alimentação, Bebidas e Similares, Comércio, Escritórios e Serviços, Hotelaria e Turismo dos Açores, o candidato do Bloco de Esquerda destacou hoje algumas das propostas do Bloco para melhorar a vida dos trabalhadores: aumento de salários, diminuição do horário, redução da idade da reforma e subsídio de refeição para todos os trabalhadores no sector privado.

O progresso tecnológico que se verifica atualmente, e que vai permitir substituir ou diminuir muitas tarefas no trabalho, deve também reverter para o bem-estar do trabalhador, por isso o Bloco propõe “a diminuição da idade da reforma – aos 65 anos ou aos 40 anos de trabalho – mas também a redução do número de horas de trabalho: falamos nas 35 horas de trabalho para todos, mas também de um novo horizonte de reivindicações, que leve à semana de trabalho de 4 dias”, explicou o candidato do Bloco à Assembleia da República pelos Açores.

Pedro Amaral recordou que, historicamente, todas as conquistas laborais – como as oito horas de trabalho por dia, o direito a um dia de descanso e até o fim do trabalho infantil – enfrentaram sempre os mesmos argumentos relativamente à necessidade de se aumentar a produtividade, mas a verdade é que ao longo da última década, em Portugal, a produtividade aumentou 18%, mas o aumento dos salários ficou muito abaixo.

O candidato destacou que “10% dos trabalhadores em Portugal vivem na pobreza” e que “nos Açores quase 40% dos trabalhadores do setor privado recebem o salário mínimo”, dados que mostram bem a necessidade de se aumentar o salário mínimo.

A proposta do Bloco é aumentar o salário mínimo para mil euros já em 2026, e aumentar também o salário médio.

Pedro Amaral apontou também à necessidade de se valorizar o trabalho por turnos, que provoca grande desgaste, por isso o Bloco defende, para estes trabalhadores, um aumento de rendimentos, reforma antecipada e mais tempo de descanso entre turnos.

Além disso, o candidato do Bloco defende alterações fiscais para garantir mais justiça: “O peso da carga fiscal está muito assente naquilo que é a classe média. Conseguimos ter apoios – e bem – para os mais desfavorecidos da sociedade, no entanto temos uma população ativa que trabalha todo o dia e que chega ao fim do mês e que tem que pagar muitos impostos”.

Por isso, a proposta do Bloco para a criação de uma taxa adicional para os super-ricos – com uma riqueza superior a 3 milhões de euros – é da mais elementar justiça fiscal” e até “uma questão de mero bom-senso”, concluiu Pedro Amaral.

Share this