Bloco defende que controlo populacional de gamos no Monte Brasil não pode passar pelo abate e acusa Governo de incoerência

Foto de Gabriele Brancati no Pexels

O Bloco de Esquerda admite que possa ser necessário controlar a população de gamos no Monte Brasil mas não aceita que a solução passe pelo abate dos animais. “Seria não só uma crueldade desnecessária, mas também uma grande incoerência do Governo Regional, passar a abater gamos logo a seguir a, finalmente, depois de muitos anos de luta do Bloco, ter-se conseguido acabar com o abate de cães e gatos saudáveis nos canis”, considera Alexandra Manes, deputada do Bloco de Esquerda.

No seguimento das declarações do secretário regional da Agricultura, que avançou a possibilidade de iniciar um processo de abate de gamos – animal da família dos veados – como forma de diminuir a população destes animais que habitam no Monte Brasil, o Bloco de Esquerda enviou hoje um requerimento ao Governo Regional a manifestar-se contra esta intenção e a pedir explicações.

Em primeiro lugar, o Bloco de Esquerda considera que é necessário saber exatamente o número de gamos existente no Monte Brasil, e definir qual será o número desejável de animais para a área e as condições existentes.

Só depois deve ser desenhado um plano de gestão da população de gamos no Monte Brasil, que tenha soluções para manter o controlo do número de animais, de forma constante ao longo dos anos, com monitorização permanente pelos serviços de Ambiente do Governo Regional.

Tendo em conta que o secretário regional referiu que o Governo irá, em primeiro lugar, procurar ceder animais a outras entidades, como forma de reduzir a população de gamos no Monte Brasil, o Bloco de Esquerda quer saber que entidades foram, ou serão, contatadas para este efeito.

No requerimento enviado ao Governo Regional, o Bloco de Esquerda pergunta ainda – caso o Governo insista em avançar para o abate – que métodos serão utilizados: caça ou processo realizado por um médico-veterinário?

“Uma Região que se quer afirmar pela sua natureza não pode permitir que se recorra à caça grossa como forma de controlo populacional”, considera a deputada Alexandra Manes.

É chocante ver que o secretário regional da Agricultura que ainda recentemente dizia que a Região estava na vanguarda do bem-estar animal venha agora propor o abate de gamos como forma de controlo populacional.

Foto de Gabriele Brancati no Pexels

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