O Bloco de Esquerda quer saber se foram identificados achados arqueológicos nas obras que decorrem no Porto das Pipas e qual o impacto previsível de eventuais achados no futuro da empreitada.
Num requerimento enviado hoje ao Governo, o Bloco pergunta se já foi realizada a prospeção por uma equipa especializada na zona da obra, e, em caso de resposta afirmativa, solicita o acesso ao respetivo relatório.
No passado dia 22 de fevereiro, o jornal Diário Insular noticiou a possibilidade de a obra de ampliação do molhe do Porto das Pipas ser inviabilizada devido à necessidade de intervenção arqueológica por via da eventual presença de testemunhos navais dos séculos XVI ou XVII.
De acordo com a notícia, à altura, estaria uma equipa de arqueologia preparada para intervir, aguardando apenas autorização da Portos dos Açores.
No dia 23 de fevereiro, o mesmo jornal referia que, de acordo com informação oficial da empresa Portos dos Açores, a necessidade e a extensão de uma possível intervenção arqueológica na zona de obras no Porto das Pipas estariam a ser estudadas entre a Portos dos Açores, dona da obra, e a Direção Regional da Cultura.
O Bloco de Esquerda salienta que a baía de Angra do Heroísmo é mundialmente conhecida devido ao seu património histórico, tendo mesmo sido decretada como Parque Arqueológico.
Tendo isto em conta, o Bloco de Esquerda pergunta ao Governo de que forma pretende valorizar o património subaquático, enquanto ativo cultural, turístico e económico, tanto no Porto das Pipas como nas restantes empreitadas portuárias em curso ou previstas nos Açores.