Campanha de proximidade porta-a-porta em Santa Maria aponta a habitação como uma das principais preocupações das pessoas

“O Bloco tem feito uma grande aposta em fazer campanha porta-a-porta, estamos a tentar cobrir o máximo de casas possível, para conseguirmos ouvir as pessoas, com tempo”, disse hoje Pedro Amaral, que apontou a habitação como uma das principais preocupações referidas pelas pessoas.

Numa tarde dedicada à campanha porta-a-porta no Bairro do Aeroporto, em Santa Maria, o primeiro candidato do Bloco de Esquerda à Assembleia da República pelos Açores, salientou que o Bloco tem várias propostas para mudar realmente o acesso à habitação.

Fixar preços máximos para as rendas, de acordo com a área geográfica e com as características do imóvel “para travar a ganância daqueles querem enriquecer às custas de um direito básico como é o direito a ter uma casa para viver” é uma destas medidas.

Além disso, o Bloco defende que o Estado deve recorrer à Caixa Geral de Depósitos – um banco totalmente público e com grande quota de mercado – para baixar os juros das prestações das casas, pressionando os restantes bancos a fazer o mesmo.

 O Bloco propõe ainda que haja regulamentação para o alojamento local – que nos Açores não tem qualquer tipo de limite e que leva a que em determinadas zonas mais turísticas haja muito poucas casas disponíveis para residentes, inflacionando o preço das rendas para habitação permanente.

Pedro Amaral assinalou que o Bairro do Aeroporto está na tutela do Governo Regional e defendeu que é preciso mais investimento para recuperar as casas e colocá-las no mercado a preços acessíveis.

Em Portugal, apenas 2% da habitação é pública, quando em outros países da Europa este valor é muito superior, chegando mesmo aos 29% nos Países Baixos.

“Dá-nos particular prazer estar a bater à portas destas casas hoje, aqui em Santa Maria, porque pela primeira vez há um cabeça-de-lista mariense à Assembleia da República”, disse Pedro Amaral.

“Nós vemos entusiasmo na cara das pessoas por estar a ver uma cara conhecida – na periferia das periferias – que pode trazer os seus problemas para cima da mesa” na Assembleia da República, concluiu.