O Bloco de Esquerda queria impor um prazo máximo de dois anos à ASTA para concluir as obras de recuperação do espaço público da Calheta Pêro de Teive, um processo que se arrasta há mais de 10 anos, mas a proposta foi rejeitada com os votos contra de PSD, CDS, PPM e CH. A proposta não passou porque a abstenção da IL levou a um empate, que determina que a proposta seja rejeitada.
Perante o anúncio da secretária regional das Obras Públicas, que admitiu estar a estudar a hipótese de resgatar a concessão se a ASTA não cumprir a sua obrigação de levantar a licença de construção até ao próximo mês de agosto, António Lima, deputado do Bloco de Esquerda, garantiu que o Bloco de Esquerda vai estar atento, porque este processo não se pode continuar a arrastar indefinidamente.
“Como estamos a ver que não vão fazer investimento nenhum – pode ser que nos enganemos – se assim for, estamos a estudar a hipótese de resgatar a concessão”, foram as palavras da secretária regional das Obras Públicas, depois das dúvidas levantadas pelo Bloco de Esquerda sobre o anúncio da realização de um concurso de ideias para o projeto do futuro espaço público da Calheta.
António Lima lembrou que “não é preciso nenhum concurso de ideias”, mostrando no plenário uma maquete de 2018 com o projeto do jardim que está já previsto ser construído naquele espaço onde estavam as galerias que foram, entretanto, demolidas.
“Já passaram demasiados anos sem se saber o que se vai passar na Calheta, e com as pessoas a serem enganadas e as expetativas a serem goradas, ano após ano”, disse António Lima, lamentando haver quem queira que “as coisas fiquem como estão”.