Transporte aéreo dos Açores para o exterior é estratégico para a mobilidade dos residentes e para o turismo

O Bloco considera que o transporte aéreo é estratégico para os Açores – quer ao nível da mobilidade dos residentes, quer para o desenvolvimento do turismo – e aponta soluções para os problemas que têm sido gerados pelo Governo da República do PS e da AD.

Em declarações após reunião com a Associação de Turismo Sustentável do Faial, Pedro Amaral salientou que o atual modelo de subsídio social de mobilidade “não faz qualquer sentido”.

Por isso, o Bloco insiste que quer alterar o modelo para acabar com a necessidade de adiantamentos na compra das passagens e acabar também com o teto máximo de 600 euros recentemente implementado pelo governo da República de Luís Montenegro.

Ou seja, “no momento da compra da passagem, os residentes só devem pagar a parte que de facto pagam no fim”, explicou Pedro Amaral, “à semelhança do que se faz com a Tarifa Açores”, exemplificou.

O candidato da AD, Paulo Moniz, diz defender o mesmo, mas na verdade apoiou o governo que não só manteve o modelo que obriga a adiantamentos e reembolsos, como ainda tornou a situação pior ao impor um teto máximo, que na prática aumentou o custo para os passageiros em determinadas situações.

Ainda no que diz respeito ao transporte aéreo, Pedro Amaral lembrou as consecutivas falhas da República em relação às obrigações de serviço público, cujos valores têm que ser reforçados quer para as ligações dentro da Região, quer para as rotas não liberalizadas de Horta, Pico e Santa Maria para o continente.

Ainda no último Orçamento de Estado, o Bloco propôs atualizar de 10 para 14 milhões de euros a comparticipação da república às obrigações de serviço público do transporte aéreo inter-ilhas – e atualizar de 9 para 13 milhões de euros o valor anual previsto como compensação para as rotas não liberalizadas de Horta, Pico e Santa Maria para o continente.

O candidato do Bloco alertou ainda para os perigos da privatização da SATA, lembrando que “os serviços públicos de mobilidade são estratégicos, porque são o garante da mobilidade da população”.

Pedro Amaral considerou também que “é preciso pensar o turismo” para garantir a sustentabilidade, quer a nível ambiental, quer económico e laboral, para evitar os problemas que surgem associados à sazonalidade.

“É preciso uma estratégia, e para isso é preciso sentar todos à mesma mesa”, concluiu o candidato do Bloco à Assembleia da República.

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