Bloco contra despedimento de 37 trabalhadores anunciado pelo executivo da Câmara Municipal da Praia da Vitória

Fachada principal dos Paços do Concelho da Praia da Vitória

O Bloco de Esquerda considera que o despedimento de 37 trabalhadores anunciado hoje pela presidente da autarquia da Praia da Vitória é uma vergonha para o município, que não cumpre os compromissos assumidos com estas pessoas no passado. É importante lembrar que estes despedimentos são uma decisão da responsabilidade exclusiva do atual executivo, que não é suportada pelo Fundo de Apoio Municipal, a que o município vai pedir auxílio para a sua reestruturação financeira.

Aliás, no passado mês de junho ficou a saber-se – através de uma resposta do próprio FAM a um requerimento do Bloco de Esquerda – que nenhum dos 13 Programas de Ajustamento Municipal concretizados até hoje implicou despedimento de trabalhadores.

O FAM foi mesmo muito claro ao afirmar que “não acordaria qualquer medida que envolvesse redução de pessoal”.

Perante esta realidade, a presidente da Câmara Municipal volta a fazer chantagem dizendo que sem estes despedimentos a autarquia não teria possibilidade de cumprir os compromissos com os restantes trabalhadores e com os seus fornecedores, o que revela que os compromissos assumidos com os trabalhadores não são para cumprir.

É a própria presidente do atual elenco camarário que comprova a rapidez que pretende neste processo de despedimentos quando assume que ainda não existe um plano de reestruturação aprovado, revelando a insensibilidade da coligação PSD/CDS perante os constrangimentos que estes despedimentos representam para a vida destas 37 pessoas e da economia local e regional.

Por mais difícil que seja a situação financeira da autarquia, é sempre possível, com o apoio do FAM, encontrar soluções a longo prazo para resolver os problemas criados pela sucessiva má gestão dos executivos camarários anteriores, sem despedir trabalhadores. É o próprio FAM – que aprova o programas de reestruturação financeiros – que o afirma.

Lamentavelmente, o executivo do PSD e do CDS optou pela receita habitual da direita: atacar os trabalhadores.

 

Foto de Concierge.2C sob licença CC BY-SA 3.0

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