Continuamos sem saber qual a posição do presidente do Governo Regional sobre as alterações que António Costa quer introduzir no subsídio social de mobilidade. Vai aceitar que os Açores fiquem com uma verba mitigada para encargos futuros, sabendo que o dinheiro não estica? Vai aceitar que o Estado central fuja às suas responsabilidades?
É inaceitável que a AMISM insista na construção de uma incineradora que tem capacidade para incinerar a quase totalidade dos resíduos urbanos produzidos em São Miguel. Não é possível sequer sonharmos em cumprir as metas de reciclagem nos Açores com a construção de mais uma incineradora.
Não existe qualquer escassez de mão-de-obra. O que existe é falta de vontade de pagar salários decentes de modo a que não haja profissões e setores que condenam os trabalhadores a baixos salários e precariedade.
Qualquer revisão do Subsídio Social de Mobilidade tem de passar por um processo de decisão transparente, participado e com respeito absoluto pelos órgãos de governo próprio dos Açores.
O Bloco consegue, nos Açores, e pela terceira eleição de âmbito nacional consecutiva, ser a terceira força política, desta vez obtendo o melhor resultado eleitoral de sempre em termos percentuais.
Eu não esqueço que António Costa (e não só), quando vem aos Açores, enche a boca com proclamações de amor à Autonomia mas, na prática e no que diz respeito à vida concreta das pessoas, não só a menoriza, como a negligencia.