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Opinião:

  • Entretanto, sem que alguém se pareça preocupar, mas com foguetes de alguns, num alheamento generalizado, o turismo ataca em força e por todos os lados.

  • Pelo aniversário da Cidade de Ponta Delgada, foi-nos lembrado um conjunto de situações urbanas por resolver, que se arrastam há anos, mas que agora é que o vão ser, sem, contudo, refletirem madura reflexão, que não tiveram, pese o tempo decorrido desde a sua génese.

  • Sugeriria proposição de diagnóstico absoluto das existências de fogos devolutos da Região, das efectivas carências habitacionais, inventariaria todos os projectos existentes não efectivados, e reformularia todo o sistema de apoios regionais à Habitação.

  • Avessos ao planeamento, espelhar-se-á a diferença de tratamento demonstrada no tecido habitacional que com a futura operação confronta, que sobre os residentes recai.

  • Pretende-se que o PRR, no quadro regional, fantasma de bolsos cheios, que não se lhe reconhece a presença, responda a uma intervenção total de 828 habitações, dispondo para o efeito de 60 milhões de euros, valor aparentemente insuficiente, face aos 75 mil euros por fogo, que as contas de merceeiro proporcionam, e a subida de custos da construção descalçam.

  • O Governo regional acabou de aprovar o Plano Estratégico de Marketing do Turismo dos Açores, vulgo PEMTA, um documento inócuo, “limpinho-limpinho”, como diria o Jorge Jesus.

  • De tanto ouvir, contrariado é certo, Secretários, Presidentes de Câmaras do Comércio, da Asta, da Visit Azores, entrevistas de muitos em torno da BTL, de responsáveis de diferentes Associações de Turismo e por aí fora, já quase me tinha convencido, de que para haver turismo era preciso render a estas máximas, a este desígnio, trituradoras da nossa identidade.

  • Somos por isso, pródigos no colecionar de elefantes brancos, derrapagens em custos e prazos, e pilhas de maus préstimos traduzidos em todo o tipo de desadequações ao realmente necessário, que não será tão pouco, o encomendado.

  • A elaboração de um Plano de Pormenor de Salvaguarda da Zona Histórica teria suprido todos estes atentados, atuado cautelosamente ainda fora das atuais pressões impostas pelo turismo, mantendo didaticamente a identidade daquela área, evitando desmandos destes, e “intervenções suaves”, porque então, desejavelmente organizadas num todo coerente.

  • Quaisquer medidas que se queiram tomar no âmbito da habitação, ao contrário do que o Governo da República preconiza e delega nos Municípios, requerem fundado diagnóstico firme e completo, e não meras estratégias.