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Opinião:

  • Creio que as quatro premissas aqui se encaixam na perfeição, quando é manifesta a repetição de uma ideia anteriormente aplicada em detrimento da inovação, a falta de equipa multidisciplinar traduzida na desadequada integração no sítio, com especial ênfase no remate norte da estrutura no Portão do Mar. O delicado sítio, cheio de história e património, merece, exige outro projetar que o reconduzirá a outro patamar e usufruto devolvendo o Forte à Cidade, haja vontade e coragem, porque os erros assumem-se, e corrigem-se.

  • Criar riqueza, acautelando recursos, preservando o território, a sua escala, a sua capacidade de carga, salvaguardando valores sociais, obriga a repensar objetivos e os seus modelos de concretização, que só uma política de planeamento consegue, e se traduz em planos de vária ordem, e nunca, na sua suspensão a caminho da sua eliminação absoluta, como o Projeto de Resolução, agora apresentado pretende.

  • A “lei dos solos”, recentemente promulgada, ditou o funeral do PDM, na condição da manutenção da sua imagem, para eventos oficiais!

  • A recente apresentação do projeto de arquitetura das “piscinas termais” na Avenida Manuel de Arriaga, nas Furnas, deixaram-me a certeza de que o futuro não olha para traz, nem tão pouco para o lado!

  • Invocando a necessidade de solos urbanos para habitação, abre portas à especulação imobiliária, de forte componente turística, quando na realidade e de forma generalizada, não existe carência de solos urbanos ou urbanizáveis, que não constituam resposta à falta de habitação, que garantam a adequada urbanização, configurada no respetivo PDM. 

  • Entretanto, sem que alguém se pareça preocupar, mas com foguetes de alguns, num alheamento generalizado, o turismo ataca em força e por todos os lados.

  • Pelo aniversário da Cidade de Ponta Delgada, foi-nos lembrado um conjunto de situações urbanas por resolver, que se arrastam há anos, mas que agora é que o vão ser, sem, contudo, refletirem madura reflexão, que não tiveram, pese o tempo decorrido desde a sua génese.

  • Sugeriria proposição de diagnóstico absoluto das existências de fogos devolutos da Região, das efectivas carências habitacionais, inventariaria todos os projectos existentes não efectivados, e reformularia todo o sistema de apoios regionais à Habitação.

  • Avessos ao planeamento, espelhar-se-á a diferença de tratamento demonstrada no tecido habitacional que com a futura operação confronta, que sobre os residentes recai.

  • Pretende-se que o PRR, no quadro regional, fantasma de bolsos cheios, que não se lhe reconhece a presença, responda a uma intervenção total de 828 habitações, dispondo para o efeito de 60 milhões de euros, valor aparentemente insuficiente, face aos 75 mil euros por fogo, que as contas de merceeiro proporcionam, e a subida de custos da construção descalçam.